Cor do ano da Pantone
Por Trás da Cor do Ano da Pantone
A Cor do Ano da Pantone é mais do que uma simples tonalidade, é uma representação das tendências globais. Para 2024, a cor escolhida é a Peach Fuzz, um tom laranja esmaecido, mas como essa seleção é feita e por quê? Vamos mergulhar nos segredos por trás da empresa, suas origens e os critérios por trás dessa escolha que vai muito além do aspecto visual.

Fundada nos anos 1960, a Pantone inicialmente se destacou como um sistema de identificação de cores. Foi no início dos anos 2000 que começou a proclamar a Cor do Ano. O primeiro marco foi a "Cerulean", escolhida como "Cor do Milênio" devido às incertezas em torno do bug do milênio, transmitindo um tom de tranquilidade em tempos de incerteza global.
História por Trás da Escolha:

Além do aspecto visual, a Cor do Ano da Pantone tem uma narrativa mais profunda. O "True Red", por exemplo, simbolizou o impacto dos ataques de 11 de setembro. Isso revela que a escolha da cor envolve muito mais do que design; está intrinsecamente ligada a eventos e mudanças significativas que influenciam o mundo.
Como a Pantone Faz essa Escolha?
Segundo a própria empresa, a seleção da Cor do Ano é uma análise ampla e profunda que envolve aproximadamente 40 especialistas globalmente reconhecidos. Observando não apenas tendências de moda, mas também movimentos sociais, questões políticas e culturais, eles determinam uma cor que deve ressoar internacionalmente, capturando o espírito coletivo e refletindo as preocupações e ideias compartilhadas globalmente.
Conclusão:

A Cor do Ano da Pantone deveria ser mais do que uma simples tonalidade, mas sim um espelho das transformações globais. Desde sua origem até os dias atuais, essa seleção diz representar muito mais do que apenas uma cor bonita - mas uma expressão visual do zeitgeist coletivo. No entanto, ao revisitar as escolhas feitas até hoje, percebemos um recorte muito claro de ‘quem’ e ‘para quem’ essa escolha é feita.
A moda é ditada por um grupo muito seleto de marcas e estilistas, e essa escolha da cor, apesar de se proclamar global, levou em consideração apenas eventos políticos ocorridos nos Estados Unidos e Europa. Contudo, nos últimos vinte anos, diversos outros eventos no mundo passaram despercebidos nessa seleção. Portanto, não podemos ser ingênuos ao receber essa escolha de cor, pois há muito mais do que uma simples análise de ‘tendência’.
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By Rodrigo de Castro
Rodrigo é Redator da da ID_Lab Comunicação e Design